Que Sergio Aguero foi um dos principais atacantes do futebol mundial dos últimos anos, você sabe. Que ele saiu da Argentina para brilhar no Atlético de Madrid e virar uma das maiores lendas do Manchester City, também. O fim de sua carreira, por um problema cardíaco no Barcelona, aconteceu há menos de quatro anos, em 2021. Mas há coisas que poucos conhecem sobre o artilheiro…
São essas histórias que estão no centro de “Kun por Aguero”, documentário que estreia no Disney+ nesta quarta-feira (7), narrado pelo próprio ex-jogador e ouvindo pessoas de seu mais próximo ciclo de convivência – de familiares a outras estrelas do futebol, como Lionel Messi e Pep Guardiola.
A ESPN também fez esse exercício e, no dia da estreia da produção, conta o que ouviu de brasileiros que tiveram a oportunidade de dividir os gramados com Aguero, hoje com 36 anos.
Um deles é Sérgio Manoel, ex-meia com passagens por clubes como Santos, Botafogo e Cruzeiro. Aposentado desde 2009, ele conheceu Aguero antes mesmo do sucesso, já que estava no Independiente, da Argentina, justamente quando o atacante despontava em sua terra natal.
“Ele me lembrava muito o Romário, a maneira como ele se comportava no campo. Quando ele perdia uma jogada, uma bola, ele simplesmente desligava, parecia que ele estava no mundo dele”, contou o ex-jogador à reportagem, lembrando uma época em que Aguero não tinha sequer 18 anos – mas que, apesar de “baixinho”, já era “forte” e “aguentava fazer a parede”.
Além dessas memórias e a semelhança com o Baixinho, Sérgio Manoel revela que era outro o brasileiro que servia de inspiração para o então jovem artilheiro argentino.
“Ronaldo em qualquer situação sempre foi respeitado na Argentina, e o Aguero, eu posso te garantir, tinha uma foto dele lá… Ele se inspirou muito no nosso Fenômeno”.
Não demorou para o talento de Aguero ser reconhecido fora da Argentina. De 2006 a 2011, ele defendeu o Atlético de Madrid e formou uma das melhores duplas de ataque da Europa ao lado do também sul-americano Diego Forlán. De lá, saiu para o City, para marcar uma época.
O ápice, provavelmente, aconteceu em um gol marcados nos acréscimos contra o Queens Park Rangers, na temporada 2011/12, garantindo uma vitória para o time de Manchester que encerrou um tabu de 44 anos sem o clube saber o que era ser campeão da Inglaterra.
Danilo, hoje no Flamengo, teve a oportunidade de ser companheiro do argentino nos Citizens e também confirma a versão de Sérgio Manoel de que o craque tinha um mundo próprio.
“Foram dois anos que a gente compartilhou o vestiário. Era um jogador incrível, reconhecido como líder do Manchester City, seja de caráter, seja líder técnico. Era um jogador que sempre fazia diferença quando estava em campo”, começou Danilo.
“O Kun era um jogador que realmente vivia um pouco no seu mundo. Apesar de estar tantos anos lá no Manchester, ele era um jogador muito resguardado no seu próprio ambiente. Mas ele era um jogador que, com o Guardiola principalmente, aumentou muito o ritmo da intensidade, daquilo que era o trabalho dele. E por isso fez tantos gols e marcou a história no Manchester City. E foi um prazer compartilhar com ele esses dois anos”, complementou.
“Era um jogador que quando eu assistia pela televisão, ou era meu rival, principalmente no meu tempo de Real Madrid, era um jogador que já se via que era muito diferente dos outros. Mas era um jogador que, no íntimo, nos treinamentos, no dia a dia, você vê a qualidade e a potência daquele jogador e entende por que ele teve tantos anos em um nível tão alto.”
Depois do título histórico da Premier League, vieram mais quatro, e Aguero seguiu rumo ao Barcelona em 2021. Acabou sendo seu último clube no futebol, em uma história que acabou abreviada em razão de uma arritmia cardíaca.
