Médico explica lesão de Lucas no São Paulo e faz alerta

Em entrevista à ESPN, o médico Moisés Cohen explicou detalhes da lesão no joelho do meia Lucas Moura, do São Paulo, e falou sobre o prazo de recuperação do atleta.

Cohen, que é especialista em joelho e ajuda no tratamento de contusões desse tipo no Tricolor, afirmou que o atleta sofreu dois traumas na região, que afetaram bastante seu desempenho.

De acordo com o médico, Moura até conseguiu voltar a jogar, mas, como depende muito da parte posterior, acabou vendo seu desempenho ser afetado.

“O Lucas é um atleta exemplar, extremamente dedicado. O que ele teve em um primeiro episódio, no piso sintético do Palmeiras, foi um trauma direto na frente da tíbia. Isso fez que a parte posterior do joelho fosse mais comprometida. Diferentemente das lesões mais comuns que a gente vê do cruzado anterior, essa pegou na parte posterior”, explicou.

“Ela pegou de forma que não teve ruptura completa, teve um estiramento naquela região posterior. Lá tem a cápsula, que reveste o joelho, tendões, ligamentos, tudo que passa ali. E ele recuperou muito bem em um primeiro momento. Correndo, mudando de direção e a dor estava praticamente ausente. Conseguiu treinar, jogou algumas partidas”, citou.

“Depois, teve um novo trauma, batendo de novo a região. Como ele é um jogador que tem uma explosão muito forte, arranque muito rápido, ele precisa dessa região posterior. Talvez se fosse outra posição, outro perfil de atleta, ele não estaria sentindo grandes coisas. Isso acaba provocando dor”, observou.

“Como estamos falando de um atleta de alto rendimento, o ideal é que a gente ter tempo a parte biológica, para que as coisas cicatrizem e evoluam. Não é uma indicação cirúrgica, podem ficar tranquilos, mas tem que ter um tempo para voltar em alto nível. Se não fica nessa coisa, volta, aí para”, complementou.

Quanto ao tempo estimado de recuperação de Lucas, Cohen salientou que não existem “formas mágicas e milagrosas” de tratar contusões desse tipo.

O médico previu que ele ficará pelo menos dois meses em tratamento, de forma a regressar em “segurança” aos gramados.

“Em qualquer um de nós (a contusão) não seria considerada grave, mas no caso dele passa a ter importância pelo perfil de jogo, a forma como faz o arranque. Não vamos trabalhar com calendário, entendo a ansiedade de todos, mas é biológico, não dá pra colocar dia. É algo progressivo”, disse.

“Ele é muito bem tratado no São Paulo, mas precisa de um tempo. Quanto tempo? Não dá pra saber, mas considero que não menos de dois meses com toda segurança”, ressaltou.

“Não é algo que é só fazer exame todo dia. Não vai resolver. É evolução clínica. Ele estava num nível de força muscular espetacular, normal para praticar o esporte, normal, fazendo tudo. Mas é aquilo: no jogo teve a infelicidade de cair e bater na mesma região. Para tudo e vamos fazer as coisas conforme a biologia manda”, acrescentou.

“Não dá pra fazer fisioterapia o tempo inteiro. Não existem formas mágicas e milagrosas. É voltar com segurança para um atleta de alto rendimento”, finalizou.

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