Cristiano Ronaldo no Botafogo? Por que vinda ao Brasil é ‘improvável’

Cristiano Ronaldo foi assunto em entrevistas recentes no Botafogo e Palmeiras. Tanto o técnico Renato Paiva, quanto a presidente Leila Pereira tiveram que responder se haveria uma possibilidade de o astro português defender as respectivas equipes brasileiras no Mundial de Clubes da Fifa.

Os rumores surgiram na imprensa internacional, a notícia mais recente no jornal “Marca”, da Espanha, que afirmou que uma equipe brasileira que disputará o torneio nos Estados Unidos fez oferta pelo jogador do Al Nassr, sem especificar se Flamengo, Palmeiras, Botafogo ou Fluminense.

O tema segue repercutindo, inclusive, na terra natal de CR7. O jornal português “Record”, por exemplo, publicou nesta quarta-feira (21), citando uma fonte ligada à diretoria do Botafogo, que a contratação do craque seria vista como “viável” no clube hoje comandado por John Textor.

O ESPN.com.br ouviu pessoas próximas ao português para entender melhor as chances de uma possível saída de Cristiano Ronaldo do Al Nassr e, mais distante, a possibilidade de aceitar o projeto de um clube brasileiro. A resposta mais “otimista” definiu a possibilidade como “improvável”.

A primeira razão, claro, é financeira. Na Arábia Saudita, o astro tem rendimentos anuais na casa de 200 milhões de euros (quase R$ 1,3 bilhão), sem contar prêmios e bônus previstos em contrato.

Há, contudo, um ponto importante: Cristiano Ronaldo vive um desgaste nos bastidores com o projeto esportivo do Al Nassr, que tem sofrido para brigar pelos principais títulos locais. É esse fator que fez crescer os rumores de que o português estaria aberto a defender uma nova equipe.

O Mundial, claro, seria uma competição que seduziria o jogador, mas, a relação de negócio construída na Arábia Saudita, onde ele é peça-chave de um projeto de desenvolvimento esportivo no país, fez com que o Al Hilal surgisse como um possível destino antes de qualquer brasileiro.

Segundo apurou a reportagem, houve a oferta, através de intermediários, para que CR7 defendesse o Al Hilal, ex-time de Neymar e Jorge Jesus, mas o clube negou imediatamente essa possibilidade.

Diante disso, apesar de Cristiano Ronaldo ter contrato apenas até o final de maio com o Al Nassr e dos incômodos com o projeto esportivo, o cenário mais próximo é de uma renovação de vínculo.

No novo contrato proposto pelo Al Nassr, CR7 passaria a ter 5% das ações do clube, o que multiplicaria seus ganhos ao longo da temporada. O vínculo seria prorrogado por um ano, com a possibilidade de extensão por mais um no futuro, o mantendo como principal rosto do futebol local de olho na Copa do Mundo de 2034, que será disputada na Arábia Saudita.

E os brasileiros?

Jogar o Mundial, segundo as fontes ouvidas pela ESPN, é realmente o único fio conector entre os clubes brasileiros e os planos de Cristiano Ronaldo e, ainda assim, muito distante de se tornar algo “viável”.

Financeiramente, inclusive, Cristiano Ronaldo custa mais do que a receita total de qualquer clube brasileiro que jogará ou não o Mundial. Mesmo no caso específico do Botafogo, com os aportes de Textor, já foram quase R$ 500 milhões gastos em reforços no ano, difícil imaginar espaço ainda para um investimento como o que seria necessário para ter o português.

Além disso, o magnata norte-americano tem um problema grave para resolver no Lyon, da França, outra equipe que pertence a sua Eagle Holding. Textor corre contra o tempo para sanear as contas da equipe e evitar sanções já impostas que incluem até o rebaixamento na França.

Já no Palmeiras, como já disse Leila e também apurou a ESPN, o plano não é por novos grandes reforços para o Mundial, depois do investimento também na casa dos R$ 500 milhões em contratações – com Vitor Roque como grande destaque, custando mais de R$ 150 milhões. O clube está atento apenas às chamadas “oportunidades de mercado”.

O Flamengo, por sua vez, está “no mercado”, como disse o técnico Filipe Luís e deve ter reforços para o Mundial – inclusive, no ano, comprou apenas o atacante Juninho, do Qarabag, por pouco mais de R$ 30 milhões. O meio-campista Jorginho, do Arsenal, está próximo de chegar após o fim de seu contrato em junho, e a estrela portuguesa que foi especulada foi João Félix (que pertence ao Chelsea e está emprestado ao Milan), não Cristiano Ronaldo.

Por fim, o Fluminense, que anunciou a chegada de dez reforços para 2025, ainda estuda a contratação de mais “dois ou três nomes”, como disse o técnico Renato Gaúcho. Não está no tamanho do orçamento, contudo, acomodar um investimento do tamanho do necessário para um nome como o de CR7…

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