Meia ‘campeão’ de jogos diz no que Série B é mais difícil que Brasileirão

É impossível falar em Série B do Brasileirão sem citar Elvis. Afinal, são quase 300 partidas na divisão e inúmeras histórias para contar. Nas 14 edições que disputou, o meia de 35 anos viveu os altos e baixos que só o futebol pode proporcionar.

Antes de ser rebaixado para a Série C com a Ponte Preta, no ano passado, Elvis foi campeão com o Botafogo em 2015, ajudou a levar o Cuiabá pela primeira vez à elite nacional em 2020 e foi um dos heróis do acesso do Goiás em 2021.

“A Série B é um campeonato muito difícil. Participei das últimas 10 edições e tive de tudo, três acessos, um título e, infelizmente, um rebaixamento. Não queria ter manchado minha carreira nessa competição, mas já passou e temos que aprender com isso”, disse o camisa 10 da Macaca em entrevista exclusiva à ESPN.

Desde que a Série B passou a ser disputada em pontos corridos, em 2006, nenhum jogador entrou mais vezes em campo do que Elvis. São 280 jogos por Paraná, América-MG, Botafogo, Criciúma, CRB, Oeste, Cuiabá, Goiás e Ponte Preta. Por outro lado, o camisa 10 disputou apenas 26 partidas na elite nacional.

Com a vivência de quem já esteve nas duas divisões, Elvis não tem dúvidas ao falar que a parte física é mais exigida na Série B, enquanto na Série A o diferencial é a qualidade técnica dos jogadores.

“O que eu pude reparar e viver isso em campo, é que a Série B é um jogo mais pegado, até pela qualidade técnica ser um pouco mais abaixo que na Série A. Pelos campos, por tudo que envolve a Série B, essas viagens, ela se torna um pouco mais difícil de jogar na parte física”, apontou o meia.

Mas isso não quer dizer que jogadores da Série B não tenham condições de atuar nos principais clubes do Brasil. Elvis citou o exemplo do atacante Erick Pulga, que subiu com o Ceará e hoje é protagonista no Bahia, decidindo, inclusive, jogos da CONMEBOL Libertadores.

“A Série A está em um padrão elevado, mas estamos vendo jogadores que estavam na Série B do ano passado rendendo na Série A. Como é o caso do Erick Pulga, que estava no Ceará e agora no Bahia, fazendo gol na Libertadores”, completou.

Durante o período na Série B, Elvis também conviveu com situações inusitadas fora das quatro linhas. Uma delas aconteceu em 2017, quando defendia o CRB e recebeu uma sondagem para participar de um esquema envolvendo apostas.

“Eu fui procurado uma vez por uma pessoa de fora, que não conhecia e me mandou mensagem no Instagram perguntando se eu tinha interesse. Não respondi nada e bloqueei, porque isso não é do meu feitio. Não valeria a pena nunca”, afirmou Elvis.

“Hoje em dia não podemos facilitar, é uma situação chata que aconteceu no Brasil e no mundo. Acredito que vamos aprender muito mais com tudo isso que está acontecendo e espero que o jogador foque só em jogar futebol. A gente sonhou com isso (ser jogador de futebol) e temos que dar muito valor”, finalizou.

E Elvis espera disputar mais uma vez a Série B em 2026. Para isso, a Ponte Preta precisar subir. Com o camisa 10, a Macaca lidera a Série C depois de seis rodadas.

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