Afastado da presidência do Corinthians após sofrer um processo de impeachment, Augusto Melo participou ao vivo da edição desta segunda-feira (2) do SportsCenter, da ESPN, e explicou a tentativa de reassumir o cargo máximo no Timão por meio de um ofício que não foi reconhecido por Osmar Stabile, presidente em exercício.
A confusão aconteceu na noite do último sábado (2) com direito a presença da polícia e de torcedores organizados nas dependências do Parque São Jorge, sede do clube. À ESPN, Augusto garantiu que “ainda se sente” presidente do Corinthians e disse que está sofrendo um “golpe”.
“Essas votações foram marcadas por uma pessoa que não está no comando do conselho, não poderia ser marcada. Assim como o próprio interino anda dizendo que ele foi empossado pelo conselho, nós também e eu respeitei. Segui as normas e o estatuto. Fui empossado pela atual presidente do conselho. Sou contra esse golpe”, iniciou.
“Não tem validade. Foi uma tremenda armação, uma palhaçada. Desde o começo foi esse inferno. Qual a credibilidade que eles vão ter?”, explicou o dirigente.
“Sempre me considerei presidente do clube desde o dia que fui eleito pelo sócio e pelo clube que vivencio há mais de 40 anos. Sempre tratamos as pessoas iguais, estou empossado pela atual presidente do conselho. Se esse presidente interino argumenta assim, eu sou da mesma forma (empossado pelo conselho)”.
A votação dos sócios do Corinthians, evento que determinará ou não o impeachment de Augusto Melo, está marcada para acontecer no dia 9 de agosto. À ESPN, o mandatário afastado confia que será defendido pelos associados e que permanecerá na presidência do Alvinegro.
“Tenho absoluta certeza (confiança no associado). O que estão fazendo com o clube é uma ditatura, cerceando o direito do sócio de ir e vir. Eu, quando assumi o Corinthians, tinha R$ 180 milhões de dívida para pagar, hoje tem sete meses de salário em dia, estamos suando para fazer isso”.
“Quando ele (Osmar Stabile) fala que não tinha dinheiro em caixa, nunca teve. Chegam dez contas para pagar, tem que escolher uma ou duas, as piores, e pagá-las, as demais empurra para frente para negociar”.
“Todo sócio tem falado comigo, sobre a estruturação, departamento, e no mesmo dia colocaram seguranças armados, policiais, policiais dormindo em departamento. O que estão fazendo no Corinthians? Estou muito tranquilo”, finalizou o dirigente.