Rafael Menin, um dos empresários dono da SAF do Atlético-MG descartou grandes reforços para o elenco comandado por Cuca.
Em entrevista coletiva realizada neste sábado, na Arena MRV, o dirigente foi sincero sobre a janela do meio do ano e não descartou, inclusive, a saída de jogadores.
Segundo Menin, a quantidade de atletas que vão chegar deve ser a mesma dos que vão deixar o Galo, por conta da situação financeira delicada do clube.
”O Paulo [Bracks, executivo-chefe do departamento de futebol] já falou aí há uma semana que não vai ser uma janela de abundância, a janela mais agressiva foi a do começo do ano. Vamos tentar trabalhar aí com junto profissionalismo e responsabilidade, para fazer uma janela na qual o Galo tenha algum ajuste, que possa ter um elenco um pouco mais competitivo do que tem, mas eu acho que o Galo tem um elenco bom, tem as suas fraquezas, tem as suas fortalezas, claro que a gente sabe quais são elas, quais são os pontos a serem melhorados. Talvez a gente consiga endereçar algum destes problemas, talvez outros não, isto é muito comum no futebol”, afirmou.
”Pode ser que saiam dois, três atletas. Pode ser que cheguem dois, três atletas, obviamente com o objetivo de ter um elenco melhor. (…) Nós vamos tentar trabalhar com muito profissionalismo, responsabilidade, fazer uma janela na qual o Galo tenha algum ajuste que possa ter um elenco um pouco mais competitivo do que tem, mas eu acho que o Galo tem um elenco bom, que tem as suas fraquezas, tem as suas fortalezas”, seguiu.
O empresário aproveitou ainda para fazer um paralelo com dois gigantes da Europa: Real Madrid e Arsenal. Na visão de Menin, esse tipo de movimento calculado na janela é comum até mesmo em grandes clubes.
”Na final da Copa do Rei, Real Madrid contra o Barça, o Real Madrid jogou sem zagueiro, se não me engano o Tchouaméni ou o Camavinga, foi o Tchouaméni que jogou como zagueiro. O Arsenal, eu acho um exemplo interessante. Estava super bem nas competições, perdeu um pouco de força aí neste ano porque não tinha atacante no elenco. Machucou o Saka, machucou o Havertz e machucou o Gabriel Jesus, e [o clube] não repôs. Tinha um orçamento, tinha um planejamento, e não conseguiu repor. Então, o futebol, a gente tem que amadurecer como indústria, aí clube, imprensa, torcida. A gente não consegue fazer”, comparou.
”A gente não tem varinha de condão, sabe, pô, temos um problema no elenco, o Atlético-MG deveria ter, muito se fala assim, o Galo deveria ter um volante a mais, um meia, cada um tem uma opinião, né. A gente não tem varinha de condão em que ‘é esse meia aqui que a gente gosta? Traz! Esse outro fulano de tal aqui que não está performando tão bem, tira’. É muito mais complexo, felizmente ou infelizmente, o mundo real é muito mais complexo. Isto vale pra gente como vale também para o Real Madrid, que jogou a final da Copa do Rei sem zagueiro, o Arsenal teve que jogar a segunda fase da Champions e o segundo semestre deles lá da Premier League, que na verdade é o nosso primeiro semestre, sem atacante. Então, nunca é fácil. Vamos tentar”, prometeu.
